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Pesquisadora Desenvolve Tecido de Levedura
19:38 | Author: Biotecnologia PUC/PR

Para acabar com problemas de preços e sanções ao algodão e reduzir a dependência do petróleo usado na fabricação de tecidos sintéticos, uma pesquisadora de Londres desenvolveu um processo para fabricar tecidos por meio da fermentação de levedura, segundo divulgou o LSN Global, site da Agência Voltage, em parceria com The Future Laboratory.
Suzanne Lee é pesquisadora do setor de moda e desenvolvimento de tecidos da faculdade londrina Martins College of Art and Design. Ela, que escreveu um livro sobre fontes alternativas na indústria da moda, agora dá forma às ideias divulgadas na publicação. Em parceria com o cientista Dr David Hepworth, Suzanne desenvolveu um processo parecido com a produção de cerveja, mas para fabricar tecidos.
No processo desenvolvido pela dupla, bactérias fermentam a levedura misturada com chás doces, com o de frutas. Dez dias após o início do procedimento, forma-se uma fibra, que sobe à superfície dos tanques de fermentação. Esta fibra é recolhida, seca, e transformada em tecido.
Para tingir e criar estampas especiais, os inventores usam frutas e vegetais. “As pessoas poderão, literalmente, comer a própria roupa no futuro. Não há valor nutricional na criação, mas as fibras são digestíveis”, diz Suzanne.

Agora a pesquisadora e o cientista trabalham em uma parceria com o departamento de engenharia da faculdade londrina Imperial College para criar maneiras de produzir as fibras e o tecido em larga escala. A idéia é viabilizar a comercialização do material. Além de comestível, o tecido é biodegradável e o método de produção agride menos o meio ambiente do que a produção de fibra sintética, por exemplo, que utiliza petróleo na fabricação. Para convencer formadores de opinião da moda de que o tecido, além de tudo, pode ser bonito, a dupla já criou três peças com a invenção: dois modelos de jaqueta e uma camisa com influências orientais.


Fonte:http://epocanegocios.globo.com/
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Banco Imobiliário Sustentável
19:32 | Author: Biotecnologia PUC/PR
A petroquímica Braskem e a fabricante de brinquedos Estrela anunciam parceria de longo prazo para desenvolver produtos com polietileno ‘verde’, feito de matéria-prima 100% renovável. O primeiro produto dessa parceria é o Banco Imobiliário Sustentável, versão ecologicamente correta do jogo.

A embalagem foi produzida em papel reciclado e eliminaram o uso de filme plástico para a proteção da caixa. Sua tampa traz todo o conceito de reciclagem e sustentabilidade de forma clean e moderna.

As peças foram feitas com o “plástico verde”, um material feito à base da cana-de-açúcar desenvolvido pela petroquímica Braskem, feito com matérias-primas 100% renováveis.

A dinâmica do jogo está ligada ao tema da sustentabilidade. Em vez de bairros e ruas importantes, as casas do tabuleiro são reservas naturais como Pantanal, Rio São Francisco, Chapada dos Veadeiros, Serra da Mantiqueira e locais de produção de cana de açúcar, como Ribeirão Preto, Três Lagoas (MS) e Teotônio Vilela (AL).

As companhias de transporte foram substituídas por empresas como Companhia de Reciclagem Energética, Companhia de Reflorestamento, de Agricultura Orgânica, de Reciclagem Mecânica. As cartas de Sorte ou Revés também são temáticas. O jogador pode sofrer reveses como “sua empresa foi multada por poluir demais”, ou sorte como “você protegeu suas terras do desmatamento e faturou com o turismo ecológico”.


Fonte:http://embalagemsustentavel.wordpress.com/
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Alimentos Biofortificados
23:13 | Author: Biotecnologia PUC/PR
    Uma das principais instituições de pesquisa do país, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vem há décadas colaborando para o avanço da agricultura e da pecuária nacional. A partir de estudos e experiências realizadas em laboratórios e no campo, a empresa é responsável pela introdução de novos produtos e técnicas, aplicadas, sobretudo, em plantações e criações de animais.
     A Embrapa também acompanha ideias e novidades que se destacam no mercado internacional para incorporar na agropecuária brasileira. Foi o que a instituição fez ao adequar à agricultura daqui o projeto de biofortificação de alimentos após participar de uma reunião em Washington, capital dos Estados Unidos, no final de 2002. Desde então, a Embrapa desenvolve o projeto BioFORT, cujo objetivo é tornar, por meio do melhoramento genético convencional, mais nutritivos os alimentos considerados básicos e comuns na dieta da população. Lançado em 2009, o projeto envolve pesquisadores de 11 unidades da Embrapa que trabalham no cruzamento de plantas da mesma espécie, como arroz, feijão, feijão-caupi, mandioca, batata-doce, milho, abóbora e trigo. Com a biofortificação de alimentos, a Embrapa pretende combater a incidência de anemia e cegueira na população de baixa renda. O plano da instituição é aumentar, sobretudo na alimentação dos mais pobres, a presença de ferro, zinco e vitamina A - micronutrientes importantes para melhorar a resistência do organismo e o desenvolvimento intelectual.
    Entre os primeiros produtos agrícolas biofortificados desenvolvidos pela Embrapa estão mandioca, feijão, milho, arroz, batata-doce, abóbora e trigo. A mandioca de mesa BRS Jarí, por exemplo, é fonte natural de energia, pouco fibrosa e possui mais vitamina A do que a tradicional, além de conservar boa parte das propriedades nutritivas após ser cozida. Outro destaque é a cultivar de feijão-caupi, também conhecida como xiquexique, cujos grãos possuem maior teor de ferro comparativamente às variedades mais consumidas no país.
     A empresa tem em andamento estudos de outros alimentos, inclusive de derivados e industrializados, como pão e massa, além de planos para pesquisar opções prontas, como canjica, sopa com macarrão de arroz e uma mistura de milho, semelhante a um mingau, já presentes no varejo colombiano. Embalagens capazes de preservar melhor os micronutrientes também são alvo de pesquisas dos profissionais da instituição.
    Uma extensa rede de parceiros, entre centros de pesquisa nacionais e internacionais, produtores, governo e organizações não governamentais, também participa do BioFORT. A iniciativa é apoiada pelos programas HarvestPlus e AgroSalud, ambos ligados a redes de centro de pesquisas com atividades na América Latina, África e Ásia.
    O projeto, que tem similares na Colômbia, Peru, Nicarágua, Índia, Bangladesh, Paquistão, Moçambique, Uganda e República Democrática do Congo, também recebe recursos financeiros da Fundação Bill e Melinda Gates, comandada por Bill Gates, dono da Microsoft, do Banco Mundial e de agências internacionais de desenvolvimento. A princípio, os produtores das regiões brasileiras onde estão as unidades da Embrapa envolvidas no projeto têm preferência no recebimento de mudas e/ou sementes de plantas biofortificadas. No entanto, agricultores de qualquer parte do território podem ter acesso ao material por meio de carta, telefone ou e-mail.
    Neste ano, duas toneladas de sementes de arroz com maior teor de ferro e zinco foram distribuídas para produtores de comunidades rurais no Maranhão. Agricultores da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Minas Gerais já receberam mudas da cultivar de mandioca BRS Jarí. No caso da batata-doce-alaranjada, também foi lançada uma cartilha com dicas de cultivo, preparo e consumo da hortaliça.

Fonte: http://www.agrolink.com.br/
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     Após uma década de pesquisas, a Bayer CropScience identificou um gene capaz de elevar o percentual de Açúcar Total Recuperado (ATR) - matéria-prima para produção de açúcar e etanol - na planta da cana-de-açúcar. Com a descoberta, a empresa decidiu apostar na tecnologia transgênica para cana, em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), de Piracicaba. Juntos, a múlti e o CTC apresentarão o novo evento geneticamente modificado ao Conselho Técnico Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2015, para colocar no mercado o produto comercial em meados de 2018.
     Conforme as pesquisas feitas pela empresa até agora, a nova variedade transgênica de cana será capaz de elevar entre 30% e 40% a quantidade de ATR por hectare plantado. Na prática, será possível produzir mais em uma mesma área de cana, reduzindo o percentual de água da planta e aumentando o de ATR.
"Há uma década pesquisamos a fermentação da cana e as aplicações na energia renovável. Fizemos os testes em laboratórios e encontramos no CTC um parceiro que possui o maior e melhor banco de germoplasma", diz Marc Reichardt, presidente da Bayer CropScience para a América Latina.
     Segundo o executivo, o foco da Bayer nos próximos anos estará voltado para o Brasil, já que o país é o que está mais desenvolvido tecnologicamente na produção de cana-de-açúcar. "Apesar disso, pensamos em levar essa tecnologia para outros países produtores pelo mundo", afirma.
     Do ponto de vista mercadológico, Reichardt estima que a nova variedade desenvolvida pela Bayer ocupará entre 20% e 30% da área plantada no Brasil a partir de 2020. Na avaliação de Nilson Boeta, diretor do CTC, é possível que a variedade ocupe 50% da área cultivada no Brasil quando o projeto atingir sua maturidade. "Somos um pouco mais otimistas que a Bayer. Hoje temos no país quase 7 milhões de hectares e acreditamos que a área chegará a 10 milhões em 2020", diz Boeta.
     Pelo acordo, o CTC oferecerá seu banco de germoplasma e a Bayer entrará com a tecnologia que desenvolveu. Os trabalhos de pesquisa de campo serão feitos pelo CTC, em Piracicaba, e pela Bayer, em Paulínea. Os aspectos comerciais da parceria, como a divisão dos royalties sobre o uso da tecnologia, ainda não foram definidos. "A venda das variedades permitirá ganhos para todos, mas ainda não foi definido como será a divisão", informa o diretor da CTC.
     A empresa não revela de qual organismo o gene foi identificado, isolado e retirado para ser inserido na cana, nem quanto foi investido para se chegar até ele ao longo dos últimos anos. A Bayer revela apenas que foi de um organismo do reino vegetal e que entre 2008 e 2012 serão aplicados € 750 milhões em pesquisas na área de biotecnologia para todas as culturas.
     Tecnicamente falando, a cana é composta de 20% de fibras (bagaço), 65% de água e 15% de açúcares. Com a inserção do gene a planta passaria a ter os mesmos 20% de fibras, 60% de água e 25% de açúcares, que serão produzidos a partir da maior captação de gás carbônico do ambiente. "A quantidade de açúcares na planta da cana tem um limite devido à instabilidade em sua capacidade de armazená-los. O que esse gene faz é permitir que a planta tenha uma capacidade maior de estocagem desses açúcares dentro dela, tornando a produção mais estável", afirma André Abreu, gerente da unidade de biotecnologia da Bayer.
     A expectativa é de que a variedade seja destinada à produção de etanol, pois nessa cultivar modificada a quantidade de ATR não oscila conforme o ciclo de chuvas. "As usinas poderão começar a moagem da safra mais cedo e terminar mais tarde exatamente por conta dessa características", diz Abreu.

Fonte: http://www.agrolink.com.br/
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Biodegradável X Oxi-Biodegradável
22:18 | Author: Biotecnologia PUC/PR



Já foram postadas diversas matérias sobre o desenvolvimento de bioplásticos, no entanto, achamos de grande importância enfatizar aqui no blog as diferenças entre bioplástico e plástico oxi-biodegradável.
Primeiramente, devemos entender que para ser classificado como bioplástico, o plástico deve ser proveniente de fontes naturais e renováveis, e ser:






Biodegradável:

Material que se degrada rompendo totalmente suas moléculas com a ação de microorganismos para converter-se em dióxido de carbono, água e biomassa. O termo não é aplicado com rigidez, já que quase todos os materiais seriam biodegradáveis com o tempo. A rápida biodegradabilidade é que é considerada para que o material seja considerado favorável ao meio ambiente. O mecanismo de degradação pode ser de duas formas:

Anaeróbica: se produz na ausência de oxigênio e geram como produtos secundários lignina, fibras de celulose e metano. O metano é mais prejudicial para a camada de ozônio que o dióxido de carbono, mas se tivermos instalações apropriadas pode ser recolhido para gerar energia. Infelizmente esta opção tem seu uso limitado pelos europeus e o restante do mundo.

Aeróbica: se produz na presença de oxigênio e gera dióxido de carbono e compostos. A medida que os resíduos se degradam se eleva a temperatura, facilitando sua decomposição acelerada e a sua desinfecção. A compostagem é um grande sistema de tratamento de resíduos. Em particular, fazer compostagem em casa é um dos métodos mais ecológicos, já que não há necessidade de transportar os resíduos nem o produto obtido. No Brasil existem pouquíssimas instalações industriais de compostagem.

Compostável:

Para que um material seja considerado compostável, deve degradar-se quase que em sua totalidade dentro de um tempo razoável quando se encontram nas condições adequadas de compostagem. Existem duas normas que descrevem métodos para certificar a compostabilidade de materiais. A
European Bioplastics, Associação Européia de Bioplástico, solicita a seus sócios que certifiquem seus produtos seguindo estas normas firmando um compromisso para levar a cabo.

-EN 13432: Requisitos para envazes e embalagens mediante compostagem e biodegradação.

-EN 14995: Determinação da biodegradabilidade aeróbica final e desintegração de materiais plásticos em condições de compostagem controladas.

Mas não são somente estas condições para que o plástico venha ser denominado bioplásticos, há ainda a necessidade de ser produzido de forma ecológica e sustentável. Normalmente os plásticos se degradam com a luz ultravioleta e simplesmente se oxidam em contato com o ar. A maioria dos plásticos são bastante resistentes a estes processos. Mas existem aditivos, normalmente íons metálicos, que fomentam a degradação do plástico. Este se fragmenta em pequenos pedaços, em vez de degradar-se. A fragmentação facilita a contaminação de solos e aqüíferos com partículas plásticas, estes plásticos são chamados óxi-biodegradáveis. Com o uso de plásticos óxi-biodegradaveis perdem-se duas vantagens primordiais encontradas com o uso de bioplásticos que são :

-Para manufaturar plásticos petróleo baseados usa-se aproximadamente 200.000 barris de petróleo por dia. Utilizando recursos renováveis para a produção do bioplástico tornam os países menos dependentes do petróleo estrangeiro. Como se sabe, o plástico óxi-biodegradável utiliza petróleo na sua composição.

-Porque degradam, o bioplástico permanecerá atóxico e não lixiviará produtos químicos perigosos no solo. Isto significa que são mais seguros. Já os plásticos oxi-biodegradáveis podem contaminar o solo e o lençol freático.

Fonte: http://bioplasticnews.blogspot.com/
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Samambaia africana retira arsênico de solo contaminado
21:52 | Author: Biotecnologia PUC/PR


              O termo fitoremediação (do grego phyton = planta) aplica-se à utilização de plantas com a finalidade de remover ou minimizar substâncias tóxicas do ambiente. Os recursos naturais vem sendo cada vez mais ameaçados, resultante de impactos advindos de atividades antrópicas. As substâncias geradas pelas atividades humanas incluem compostos orgânicos e inorgânicos como hidrocarbonetos, pesticidas e solventes, além de elementos-traço como Arsênio e Mercúrio.
              A implantação da prática do que se convencionou chamar de "fitorremediação" surgiu há pelo menos uma década, no contexto da biotecnologia como método alternativo econômico e de menor impacto negativo ao meio. Nos EE.UU. estão sendo investidos mais de u$s 100 milhões em fitoremediação. No Brasil, pode-se dizer que a busca por metodologias alternativas tende a crescer, como decorrência de exigências sociais e órgãos ambientais como a "Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - CETESB".
             A escolha da estratégia depende da natureza química e propriedades do contaminante além da aptidão ecológica de cada espécie; existem plantas para todos os tipos de ambiente: Solo seco, pedregoso, brejoso, clima muito quente ou muito frio entre outros fatores. O plantio de vegetais remediadores pode ser efetuado de forma isolada ou em pequenos agrupamentos.
Como todos os métodos remediadores há, porém, algumas limitações quanto a sua aplicabilidade, cabendo-se ressaltar duas delas: A profundidade da área de tratamento que é determinada pelas partes inferiores da planta (raiz, rizoma), além da obtenção lenta de resultados, respeitando o ciclo de vida de cada espécie.
            Uma espécie de samambaia é capaz de absorver arsênico - um metal altamente tóxico e cancerígeno, que contamina o solo e água, podendo até matar. Esta samambaia, cujo nome científico é Pteris vittata, é originária da África, mas ocorre no mundo todo, inclusive no Brasil. Ela é o que os cientistas chamam de "hiperacumulador" e concentra em sua folhagem até 126 vezes mais arsênico do que a quantidade encontrada no solo. Por essa razão, um grupo de pesquisadores de universidades estaduais da Flórida e da Geórgia, nos EUA, acredita que ela pode ser usada para limpar resíduos tóxicos no solo. Desta forma, essa samambaia funcionaria como um "bioremediador", ou seja, um organismo capaz de eliminar substâncias nocivas do ambiente.

Fonte: http://mundoorgnico.blogspot.com/
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Professores e alunos dos cursos de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos do Centro de Ciências Agrárias e de Biotecnologia, do Centro de Ciências Exatas (CCE), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), produzem bandejas para alimentos e filmes para diversas aplicações, inclusive sacos para mudas de plantas, além de cobertura de solo, com até 60% de amido de mandioca.

     As bandejas utilizadas para embalar alimentos, semelhantes às bandejas de isopor comercializadas em supermercados, são produzidas à base de amido de mandioca e fibra de bagaço de cana. Diferentemente das bandejas comerciais, consideradas prejudiciais ao meio ambiente, o material desenvolvido na UEL é totalmente biodegradável. O tempo de permanência do material no ambiente varia de acordo com as condições ambientais, mas a pesquisa demonstra que, em contato com a terra, luz ou água, os produtos se degradam em pouco tempo.
     O material para embalagem, na forma de filme, é resultado do processamento por extrusão, isto é, a mistura do amido de mandioca com glicerina e um polímero biodegradável sintético. O resultado prático é a substituição do material não degradável pelo produto biodegradável. Ao contrário de outros materiais, os produtos à base de amido de mandioca se decompõem facilmente. De acordo com Maria Victória Grossmann, professora do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos (DCTA), o amido de mandioca é a alternativa na substituição de materiais não degradáveis, ao mesmo tempo em que incentiva o aumento da produção de mandioca.

     A bandeja biodegradável é apenas uma das alternativas propostas pelo grupo de pesquisadores. Produtos biodegradáveis também são aplicados à agricultura com bons resultados. É o caso da cobertura para solo, utilizada no cultivo de morangos. Além dos sacos usados na proteção de frutas no campo e do acondicionamento de mudas de plantas. Segundo o professor Fábio Yamashita, também do DCTA/CCA e coordenador da pós-graduação, a aplicação dos sacos na produção de goiabas serviu para proteger as frutas da ação de insetos.

     Já os sacos usados no acondicionamento de mudas de plantas resistem em média 120 dias. As mudas são enterradas com a embalagem. Em contato com o solo, o material entra em processo de degradação, por isso não é necessário retirar o saquinho da muda.

Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/
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Algodão doce inspira criação de nanofibras
22:41 | Author: Biotecnologia PUC/PR
SÃO PAULO - Inspirados em uma máquina de algodão doce, engenheiros de Harvard elaboram nova técnica de produção de nanofibras.

Os fios de polímero em escala nanoscópica têm aplicações em inúmeros campos, desde a construção de órgãos artificiais e regeneração de tecidos à indústria têxtil e filtros de ar.

O novo aparelho criado por uma equipe liderada por Mohammad Reza Badrossamay, da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard, é uma mistura de centrífuga com máquina de algodão doce.

O aparelho literalmente gira, estica e puxa polímeros para criar fios de 100 nanômetros de diâmetro usando um cilindro giratório e um bico. Um reservatório é alimentado com polímeros e girado sobre um motor controlável; este movimento faz com que o material estique, como acontece com o açúcar derretido. O material é empurrado através do bico por meio de uma combinação de pressões hidrostática e centrífuga – a mesma “tecnologia” que faz a máquina de algodão doce funcionar.

Em comparação ao método mais comum, que é liberar uma alta voltagem em gotas de polímero para fazer os nanofios, este não só permite um maior controle do processo como resulta em uma quantidade maior de material. As fibras saem da máquina em aglomerados de 10 cm de diâmetro.

A máquina foi testada com uma série de polímeros naturais e sintéticos – inclusive um polímero biodegradável feito de amido de milho ou cana de açúcar e usado como alternativa verde na produção de peças descartáveis de plástico, como copinhos.

O método permite a manipulação do diâmetro dos fios e já foi testado com sucesso para formar andaimes - estruturas artificiais que sustentam tecidos do corpo e permitem seu crescimento em áreas que precisam de regeneração.
A pesquisa foi publicada na Nano Letters
Diagrama da máquina (à esquerda); acima, o aglomerado de fios resultante e, abaixo, os fios visto de perto.

Fonte: http://info.abril.com.br/
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